Cheio de histórias e energia, Zé Geraldo faz shows em São Paulo

Acontece neste sábado (3) e domingo (4), no Sesc Pompéia, em São Paulo, o show Hey, Zé! do cantor e compositor mineiro Zé Geraldo. O músico amealhou, em 50 anos de carreira, 16 CDs, dois DVDs, além de várias participações em coletâneas e em discos de outros artistas.

Aos 73 anos, Zé Geraldo está em plena forma: caminha 5 quilômetros três vezes por semana, faz pilates e está voltando a jogar futebol semanalmente. Para completar, lança, ainda este ano, um DVD e dois CDs, além de um livro repleto de revelações. Entre elas, a de que Zé Ramalho gravou por oportunismo “Cidadão”, música de Lúcio Barbosa que se tornou conhecida nacionalmente na voz de Zé Geraldo. “O próprio Zé Ramalho me disse isso. Foi uma imposição da gravadora, então foi oportunismo. Esta e outras histórias estão na minha autobiografia, quase autorizada, que pretendo lançar depois da Copa do Mundo. Quem sabe, serei um dos convidados da Flip [Festa Literária Internacional de Paraty]”, falou rindo o compositor em entrevista ao Música em Letras.

Leia, a seguir, a entrevista e veja no final do texto o vídeo gravado com exclusividade pelo blog, no qual Zé Geraldo interpreta “Caçando o Caminhão”, música inédita que relata a atual conjuntura política do Brasil.

ACIDENTE

Quando tinha 22 anos, Zé Geraldo Juste, que nasceu em Rodeiro (MG) e nem sonhava em ser músico profissional, trabalhava na construção da rodovia Castelo Branco e morava em São Paulo. Deixou o emprego porque queria jogar futebol, mas era indisciplinado, bebia e fumava desde os 14 anos de idade. Se não desse certo como jogador, pretendia ir para os Estados Unidos, onde tinha (e ainda tem) muitos amigos mineiros de Governador Valadares, cidade onde morou com a família a partir dos seis anos.

Com o dinheiro da indenização obtido com a demissão, foi passar um mês na casa dos pais, em Minas Gerais, antes de colocar seu plano em prática. Quando estava voltando para São Paulo, o ônibus em que viajava bateu em um caminhão, na rodovia Rio-Bahia, matando algumas pessoas e deixando Zé Geraldo “todo quebrado”. Um amigo levou um violão para que ele passasse o longo tempo de internação, cerca de um ano, de maneira menos traumática. Seu casamento com a música estava feito.

O artista recebeu alta do hospital e foi morar na casa de parentes em Santos, no litoral paulista, no intuito de terminar de se recuperar fisicamente. Nessa ocasião, conheceu a banda Blow Up e, por meio dela, a música de Jimi Hendrix (1942-1970). Zé Geraldo passou a integrar a banda e a cantar em bailes. Antes, em São Paulo, morou com o trio “The Snacks”, formado por Edson Trindade, Altair e Fernando. Também dividiu casa com Tim Maia, no período em que o cantor ainda não havia gravado. “Foi bem antes de ele fazer sucesso”, disse Zé Geraldo que, em meados dos anos 1970, gravou três compactos e um LP pela gravadora Rozenblit.

Ainda nesse período, o músico cursou uma faculdade de administração e descolou um emprego de executivo de RH no extinto banco Sulbrasileiro. Concomitante ao trabalho no banco, tocava em bailes como integrante de bandas, entre elas a Thoró, durante oito anos.

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O cantor e compositor Zé Geraldo, no seu apartamento em São Paulo (Foto: Carlos Bozzo Junior/Folhapress)

Em 1976, nasceu a primeira filha do cantor, Anielisa, irmã da cantora Nô Stopa. Dois anos depois, orientado pela mãe das meninas, Zé Geraldo inscreveu uma música sua no festival promovido pela Ericsson, em São Paulo. Abocanhou o primeiro lugar. Um mês depois, participou de outro festival, desta vez em Ilha Solteira, e, com a canção “Promessas de um Idiota às Seis da Manhã”, saiu vitorioso. Foi durante o festival que conheceu o compositor Lúcio Barbosa, segundo colocado do evento, que lhe mostrou a música “Cidadão”.

Ao ouvir a canção, Zé Geraldo se emocionou e pediu para gravá-la, pois já estava em negociação com a gravadora CBS. Por meio dessa música, gravada em seu primeiro LP, “Terceiro Mundo” (1979), o artista ficou conhecido nacionalmente e até hoje, muita gente pensa, por conta da letra, que ele é nordestino e que a composição é sua. “Toda oportunidade que tenho esclareço que a música não é minha e sim do Lúcio Barbosa”, disse o artista, que foi pioneiro em gravar a composição que depois foi registrada à exaustão por vários artistas.

OSTRACISMO E RENASCIMENTO

A partir de 1979, o artista participou de vários festivais e shows, mas cinco anos depois foi “deixado de lado” pela gravadora CBS. “Em 1984, a gravadora divulgava vários artistas, menos eu”, contou o músico que engajado na campanha das Diretas Já, em 1984, só conseguia se apresentar na periferia de São Paulo. Embora, nesses shows, todos cantassem com ele as suas músicas, os produtores alegavam que ele não tinha público.

Para poder tocar e mostrar sua arte, Zé Geraldo teve de ir para longe da capital paulista. Viajou por Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Brasilzão afora. “Não tinha jeito de agendar nenhum show em São Paulo, até que conseguiram um final de semana no Sesc Pompéia. Eu já estava pensando em parar com a música; a gravadora só divulgava outros artistas. Eu não entendia por quê, mas fui ficando de lado. Passei a questionar se estava valendo passar por aquelas privações, com filha pequena e tudo mais. Não estava valendo a pena, cara. Pensei:‘Eu não preciso disso’. Nessa época, fumava um maço de cigarros por dia, e matava um litro de uísque em três. Era um cara triste, com um relativo sucesso, mas triste. Andava mal vestido. Ia tocar com a barba por fazer e normalmente depois de ter bebido dia inteiro. Quando cheguei para passar o som no Sesc Pompéia tinha uma fila que dava a volta na quadra. Perguntei para o segurança na porta: ‘O que que é isso aí?’ Ele disse: ‘ Os caras que vieram cantar com você’. Bicho, fui para o camarim e comecei a chorar. Fiz três dias de casa abarrotada, com os dois lados do teatro abertos para o público, e metade da plateia composta por fãs do Raul Seixas. ‘Tô feito, não vou parar porra nenhuma. Vou parar é de beber e de fumar’, pensei. Cortei os dois e fiquei oito anos sem beber uma gota de álcool; salvei minha vida e minha carreira. Fiquei fumando baseado durante uns anos, depois parei também. Fiquei só com minha cachacinha, antes do almoço, que tomo todo dia. Foi assim que descobri o quanto eu era querido. Mudou minha vida, minha autoestima, mudou tudo. Passei a me vestir melhor, me barbear, e fazer de questão de estar bem descansado para fazer um puta show, porque meu lema, desde que comecei a cantar, é ‘onde eu toco, eu volto’. Falei isso no Canadá, nos Estados Unidos, em vários lugares do Brasil, e isso acontece: onde eu toco, eu volto. A partir daí, fui para estrada, porque já não precisava tocar na rádio; eu tinha esse público e se eu não traísse esse público, ele também não iria me trair. Tive convites para mudar de estilo, para gravar sertanejo, para ganhar dinheiro. Até lambada me foi sugerido gravar. Aí eu pensei: ‘Quer saber, vou seguir meu caminho’, e assim tenho seguido, produzindo sempre. A cada dois anos, lanço um disco e faço muitos shows. Com minha autoestima renovada, cheguei até aqui. Então, no show que faço agora, tenho que cantar minhas velhas canções, que fazem parte de minha história, e vou colocando músicas novas para a galera ir se acostumando com elas também.”

O cantor e compositor Zé Geraldo, que faz show sábado (3) e domingo (4), em São Paulo (Foto: Carlos Bozzo Junior/Folhapress)

SÃO LUIZ DO PARAITINGA, SERRA DA CANTAREIRA, PARADA INGLESA

Em 2006, quando morava em um sítio em São Luiz do Paraitinga (SP), Zé Geraldo sofreu uma tentativa de sequestro. “ É a primeira vez que conto isso na imprensa. Era um domingo, por volta de uma hora da tarde, eu estava subindo a serra de Ubatuba e o marcador de gasolina do fusca em que eu viajava estava quebrado. Fiquei sem combustível e um cara de moto parou para ajudar, oferecendo gasolina. Ele viu um CD meu que estava no banco de trás e me reconheceu. Daí pra frente, o cara passou a dizer que eu era muito doido e que tinha de fumar um baseado com ele, ali na estrada. Eu falei: ‘Pelo amor de Deus cara, não mexe com isso não. E se a polícia chegar aqui?’. Aí, ele disse que se a polícia chegasse iria descer a serra no tiro, mostrando um revólver na cintura, por debaixo da camisa. Se identificou como sendo de uma facção criminosa e falou que ele era o chefe, o ‘cabeção’ daquela região. Ligou para uns amigos, que estavam em um churrasco, e contou que estava comigo e que iria me levar junto com ele para a tal festa. Ele cantava uns trechos das minhas músicas no telefone e perguntava para os caras quem estava cantando. Eu ouvia os caras respondendo ‘é o Zé, é o Zé’. Ao que ele dizia: ‘Fala com ele aqui, eu estou com ele’. Passei um aperto, foi mais de uma hora de negociação para que ele não me levasse para o tal churrasco. Consegui convencê-lo a me liberar. Quando cheguei em casa e contei para minha família o que havia acontecido, minhas filhas ficaram horrorizadas. O Renato Teixeira, que há mil anos tentava me convencer a morar na serra da Cantareira [próximo a São Paulo] me falou depois de saber dessa história: ‘Agora é a hora de você ir morar lá’. Por intermédio dele, aluguei uma chácara de 15 mil metros quadrados, com uma piscina enorme, horta e muita mata. Um paraíso onde passei nove anos, até começar a acontecer uma série de assaltos violentos nas casas de meus vizinhos. Como morava só eu, meus cachorros e o caseiro, que também teve a moto roubada por uns garotos armados, comecei a ficar com receio. Apesar de ter alarme, cachorro e ser sócio da associação do condomínio do qual a chácara fazia parte, eu não dormia mais. Às vezes, alguém passava na estrada, os cachorros latiam e eu já ficava cabreiro. Acordava, pegava um livro e ia para a sala ler, esperando amanhecer. Acabou meu sossego. Estou com 73 anos, tenho que ter tranquilidade e dormir para poder trabalhar. O que adiantava eu morar no paraíso de dia e no inferno à noite. Há dois anos moro aqui [um apartamento próximo à estação Parada Inglesa do Metrô]. Nunca dormi tão bem. Juntei com a namorada, que é assistente social, e esse apartamento agora é o meu paraíso. Tenho tudo na porta e só uso o carro para viajar.”

A falta do ambiente rural o artista resolveu alugando uma casa em Joanópolis, a 110 quilômetros de São Paulo, onde conheceu o violeiro Francis Rosa, e juntos devem lançar um DVD ainda este ano. “Foi ele quem abrigou meus cachorros, o Elvis, a Tina e o Dylan, quando mudei da serra. Há dois anos vou para lá todo final de semana.”

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O cantor e compositor Zé Geraldo na sala de seu apartamento (Foto: Carlos Bozzo Junior/Folhapress)

“HEY, ZÉ!”

Embora a reportagem tenha ouvido no celular do compositor a versão que escreveu para a letra de “Hey Joe”, composição de Jimi Hendrix, percebe-se que som, na gravação, não falta.

Os violões do Duofel, que este ano completa 40 anos, iniciam o registro da versão de Zé Geraldo, para depois recepcionarem cinco solos de diferentes guitarristas. Todos trabalharam com Zé Geraldo nos últimos cinco anos. São eles: Aroldo Santarosa, Jean Trad, Micca, Francis Rosa e Zeca Loureiro (genro de Zé Geraldo, casado com Nô Stopa). A cama sonora para os solos é fortificada pelo som do órgão Hammond de Rodrigo Costa. O resto da banda que gravou a música é a mesma que estará no show dos dias 3 e 4 de março: Zé Geraldo, no violão, voz e gaita; Carneiro Sândalo, na bateria; Jean Trad, na guitarra; e Carlito Rodrigues, no baixo.

DIREITO AUTORAL

A história do reencontro de Zé Geraldo com a canção de Jimi Hendrix tem início quando um amigo enviou um clip com o guitarrista, cantor e compositor britânico David Gilmour, da banda inglesa Pink Floyd, com a participação do cantor Seal, interpretando “Hey Joe”. Ao assistir, Zé Geraldo ficou muito emocionado lembrando-se do início de sua própria história, pois há 50 anos tinha sido apresentado à canção pelo grupo Blow Up, do qual foi integrante. “Na hora pensei em gravar a música para comemorar esses 50 anos.”

O Rappa já havia feito versão da música de Hendrix. “Mas eles praticamente traduziram a letra. E para mim não interessa cantar que o cara matou a mulher. Isso não combina comigo. Deixo isso para os sertanejos e para o funk, que transitam melhor nesse tema. Então escrevi uma letra adequada à nossa realidade.”

Contudo, ao iniciar o trabalho, o artista se deparou com a questão do direito autoral. “Aí, bati com a cara na parede. Tentei a liberação por quase um ano, mas não conseguia”, disse. O artista pensou até em aproveitar a letra que havia escrito fazendo outra música, mas não foi preciso. “Pintou uma parceria com minha editora e a editora Fermata, que é muito conhecida. Com isso, na véspera do Natal passado, ganhei um presente: a editora norte-americana, dona dos direitos da música de Hendrix, liberou para que eu a gravasse, com a condição de que eu não tivesse nenhum ganho. O prazer que tenho em poder gravar essa canção é maior do que eu querer ganhar dinheiro com ela. Então, abri mão e topei.”

CDS E DVD NOVOS

O artista esperando passar a Copa do Mundo para lançar o disco que terá a versão. “Não lanço antes da Copa para não queimar bala e acender vela pra defunto safado”, falou Zé Geraldo que decidiu lançar a música primeiro por meio de um show, e depois o disco.

Em julho, terminada a Copa do Mundo, Zé Geraldo pretende colocar disco novo na praça, que já foi batizado de “Hey, Zé!”. No repertório, além da versão da composição de Hendrix, músicas inéditas. Entre elas, “Chão do Nosso Chão”, de Renato Teixeira, gravada com a participação do grupo Folk na Kombi.

O cantor e compositor sertanejo João Carreiro compôs, com Chico Teixeira, filho de Renato, a música “Poeta do Bem”, em homenagem a Zé Geraldo. Ela também estará no CD, com direito a uma declamação feita pelo próprio Zé. Outra faixa com a participação de João Carreiro, dessa vez cantando e tocando violinha, é “Os Dois Reis Magos”. “Essa música é minha e do Tavares Dias. Quando Belchior [cantor e compositor morto recentemente] sumiu, fizemos a música, porque os três reis magos são Baltazar, Gaspar e Belchior, mas como Belchior sumiu ficaram dois. Nosso trio virou dupla…” O João [Carreiro] é um presente que ganhei. Se ele quisesse, ele seria um dos maiores ídolos do país. Ele já é, mas poderia ser ainda mais, porque a idolatria que o público tem pelo João é enorme. Ele é um cara completo, um puta intérprete. Ele é emocionante. Um cara bonito no palco e fora dele.”

Também em julho, Zé Geraldo lança outro CD, agora com o violeiro Francis Rosa. “O Poeta e o Violeiro” traz músicas inéditas e apresenta o trabalho autoral de Francis Rosa, realizado com a viola caipira, aquela com dez cordas. Entretanto, Rosa ganha a vida esmerilhando uma guitarra ao fazer covers de rock, em apresentações na região de Joanópolis, Monte Verde e adjacências, como integrante da banda chamada Trama, que executa apenas clássicos do gênero com muitos solos de guitarra.

Além do CD, Zé Geraldo e o violeiro Francis Rosa lançam, ainda em julho, o DVD “Cantos e Versos Zé Geraldo e Francis Rosa”, trabalho em parceria que traz nove músicas de cada um.

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O compositor e cantor Zé Geraldo faz shows no Sesc Pompéia, em São Paulo (Foto: Carlos Bozzo Junior/Folhapress)

SOBRE O SHOW

O show Hey, Zé!, que acontece hoje (3) e amanhã (4) no Sesc Pompeia, tem no repertório cerca de 20 músicas, e duração entre 90 e 120 minutos, padrão do artista que não pode deixar de cantar sucessos como “Senhorita”, “Milho aos Pombos”, “Como diria Dylan”, “Galho Seco” e “Cidadão”.

“Caçando o Caminhão”, recém-composta por Zé Geraldo, é um blues que embala letra sobre o atual momento político do país e está garantida no show (veja vídeo no final do texto). “Queria escrever uma música que falasse o que está acontecendo, nesse momento, no país. Mas não queria gravar de cara amarrada por já estarmos vivendo um momento de intolerância e ódio. Você não pode mais nem falar a cor que você gosta que o cara já vem te malhar. Então achei um jeito de fazer uma canção, por meio de uma sátira, uma coisa bem humorada, mas falando de tudo isso que está acontecendo.

Outra que estará no show é “A canção que Vem do Céu”, música que Zé Geraldo fez para o neto Gael, 8 anos, filho da cantora Nô Stopa e do guitarrista Zeca Loureiro. Se você colocar o nome de Zé Geraldo no Wikipedia encontrará a informação: “Zé Geraldo (Rodeiro, 9 de dezembro de 1944) é um cantor e compositor brasileiro, e pai da cantora e compositora Nô Stopa”. O que o músico acha disso? “Teve um dia que acabou o show da Nô, e a gente foi para um bar. Chegou um cara e me disse: ‘Zé acabei de assistir o show da Nô, ela é muito melhor que você’. E eu falei: ‘ Meu amigo, graças a Deus, atingi meu objetivo’. Não me interessa ser melhor que minha filha”, contou.

Gael, o neto de Zé Geraldo é beatlemaníaco, canta músicas do quarteto de Liverpool brincando com carrinhos. No aniversário de três anos do menino, ele mesmo escolheu o tema: Beatles. Um dia, Gael entrou acompanhado da mãe em uma loja de instrumentos da rua Teodoro Sampaio, em São Paulo, e ao ver um pôster dos Beatles, disse para ela: ‘Olha mamãe, os Beatles estão ficando famosos!’. Quando vai aos shows do avô, é chamado ao palco e com desenvoltura toca bateria. “Ele senta o pau na bateria. Se ele aparecer no Sesc, neste show, eu chamo ele no palco. Ele sola no show da Nô duas músicas de escaleta, cara! Toca bateria como se estivesse brincando, e o povo vai à loucura”, disse o orgulhoso avô.

A banda comandada por Zé Geraldo (violão, voz e gaita) traz Carneiro Sândalo, na bateria, Jean Trad, na guitarra e Carlito Rodrigues, no baixo.

“Meu show é muito emocionante. Desde que eu abro a boca até a última palavra da última música, todo mundo canta. Essa mistura de gerações que forma meu público me rejuvenesceu muito. Às vezes, tem gente que pensa que vai ver um velhinho tocando, sentado num banquinho, mas toma um rock and roll pela cara, com uma moçada cantando junto comigo, naquela energia”, disse o músico famoso por tocar em casas com a lotação esgotada muitos dias antes do espetáculo.

Veja, a seguir, o vídeo gravado com exclusividade pelo Música em Letras, no qual Zé Geraldo canta de sua autoria “Caçando o Caminhão”.


SHOW HEY, ZÉ!
ARTISTA Zé Geraldo
QUANDO Sábado (3) às 21h; e domingo, às 18h
ONDE Sesc Pompéia, r. Clélia, 93, Pompeia, São Paulo,tel. (11) 3871-7700
QUANTO De R$ 9 a R$ 30