Cantora Joana Duah lança álbum ‘Bicho Encantador’
Depois de ter retornado aos palcos fortalecida, leia mais em https://musicaemletras.blogfolha.uol.com.br/2019/06/25/a-cantora-e-compositora-joana-duah-volta-aos-palcos-fortalecida/, a cantora e compositora Joana Duah lança nesta sexta-feira (13), nas plataformas digitais, o álbum “Bicho Encantador”, composto por seis faixas, ouvidas com exclusividade por este repórter.
Salomão Soares (piano) e Guegué Medeiros (percuteria) formam com a cantora o trio, que interpreta com muita intimidade, suingue e alma, canções compostas por Joana entre 2015 a 2018. Entre elas, a homônima ao álbum, composta com a parceira de Brasília, Milena Tibúrcio, além de “Valentina”, composta com o guitarrista Daniel Santiago, marido de Joana. A música foi composta pelo casal em celebração a filha dos dois.
Outros compositores tiveram o privilégio de serem interpretados no álbum pela voz de Joana. Entre eles, o bandolinista Luis Barcelos e a letrista Iara Ferreira, de quem a artista gravou “Negra”; e, surpreendentemente rearranjada pelo trio, “Pipoca Moderna”, de Caetano Veloso e de Sebastião Biano”.
Ainda no disco a bela composição “Potiguaras Guaranis”, de Ricardo Baya e Zé Fontes, com citação de “Cara de Índio”, de Djavan, um primor; e “Isto é papel, João”, de Paulo Ruschel, na qual Joana, em duo com o piano de Salomão Soares, dá seu recado de maneira bem clara.
Ser clara, além de passar toda emoção existente em cada uma das músicas e letras do disco, são intenções perceptíveis da cantora, em “Bicho Encantador”. E é por meio da voz clara, correta, certeira, bonita, limpa, prazerosa e com a dose exata de emoção destilada por Joana que isso acontece.
Contudo, unir-se ao som dos músicos Salomão Soares e Guegué Medeiros fez com que a já superadjetivada voz de Joana não ficasse apenas emoldurada, como de praxe na maioria dos discos de cantoras, mas sim muito bem combinada com as cores e traços de seus colegas, formando uma única e bela pintura.
Produzido por Joana Duah, Guegué Medeiros e Salomão Soares, “Bicho Encantador” foi gravado e mixado no Estúdio Arsis por Adonias Jr., e masterizado por Gil Assis.
Ouça e curta “Bicho Encantador”, pois este é um exemplo de música popular brasileira feita por quem é do ramo, e com respeito por você, que gosta e sabe quando gênero e ouvinte são respeitados.
Afinal, chega de truque e artesanato, onde cantores e cantoras “magia”, que brotam do nada, se estabelecem por meio de uma repetição estética musical ordinária, que parece ter como o único intuito afrontar a ordem, sem causa, e sem subverter ou acrescentar nada, e ainda por cima esquecendo-se de cantarem de verdade, e seus pares de tocarem, arranjarem e comporem também “na vero”.
Em “Bicho Encantador”, pasme, a cantora canta, quem compõe compõe, quem toca toca, quem arranja arranja, quem produz produz, quem grava grava, quem mixa, mixa e quem masteriza masteriza. Agora só falta você fazer sua parte: ouvir.
Boa audição!