Dicas de música para o Dia Internacional do Jazz

Uma das características do jazz, que nesta sexta-feira (30) comemora mundialmente seu dia, é o improviso.

Pensando nisso e no intuito de homenagear o gênero, o repórter deste blog decidiu improvisar, escrevendo de bate pronto o que rola nesse dia tão especial.

Primeiramente, “Fora B…”-ops, quase saio da harmonia, esbarrando na trave e fugindo do tema. Voltando à música, acontece hoje, dentro da programação do Música #EmCasaComSesc, um show com a dupla formada pela cantora Verônica Ferriani e pelo violonista, compositor e arranjador Swami Jr.

O nome do espetáculo, que nasceu de uma websérie que a artista realizou durante uma temporada fora do Brasil, na qual ela registrava a capela pelo celular, canções inspiradas nos lugares que visitava, é “Diário de Viagem”. Ao retornar para o Brasil, Ferriani convidou Swami para criar os arranjos para composições como “Na Baixa do Sapateiro”, “Luz do Sol”, “Sonho Meu”, “Volta por Cima”, passando também pela canção francesa, pelo tango e pelo homenageado do dia, o jazz. Durante a apresentação, Verônica e Swami interagem com o público respondendo perguntas e comentários enviados pelo chat do YouTube.

A transmissão do evento será gratuita, às 19h, ao vivo pelo Instagram em http://@sescaovivo, e pelo YouTube, em http://@sescsp.

O pianista e compositor Amaro Freitas (Foto: Divulgação/Jão Vicente)

Outras “frases” que cabem aqui  dizem respeito ao pianista pernambucano Amaro Freitas, que neste dia especial lança nas plataformas digitais o single “Baquaqua”, destacando a história do africano Mahommah Gardo Baquaqua, trazido para o Brasil como escravo. Baquaqua fugiu para Nova York em 1847, onde aprendeu a ler e escrever. Sua autobiografia foi publicada pelo abolicionista americano Samuel Moore e, atualmente, é o único documento conhecido sobre o comércio de escravos, escrito por um ex-escravo brasileiro.

O single faz parte do repertório do terceiro disco de Amaro Freitas, “Sankofa”, a ser lançado em junho deste ano. O álbum, que tem patrocínio da Natura Musical, realização da 78 Rotações Produções e sairá também no exterior pela inglesa Far Out Recordings, é uma busca espiritual por histórias esquecidas, filosofias antigas e figuras inspiradoras do Brasil negro.

Sankofa é um símbolo Adinkra (conjunto de símbolos ideográficos dos povos Acã, da África Ocidental), que representa um pássaro com a cabeça voltada para trás. Quando o pianista se deparou com o símbolo estampado em uma bata, à venda em uma feira africana no Harlem, em Nova York, compreendeu a importância do seu significado e fez dele o conceito fundamental para o seu novo álbum.

“O símbolo do pássaro místico, que voa de cabeça para trás, nos ensina a possibilidade de voltar às raízes para realizarmos nosso potencial de avançar. Com este álbum quero trazer a memória de quem somos e homenagear bairros, nomes, personagens, lugares, palavras e símbolos que vêm de nossos antepassados e comemorar de onde viemos”, disse o pianista.

(Foto: Divulgação)

Finalizando o improviso com uma “frase” de ouro, assista, às 21h, a live do baterista Cuca Teixeira, com o guitarrista Michel Leme, o contrabaixista Thiago Alves, e o trompetista Daniel D’Alcantara, “quebrando” tudo no canal do YouTube de Cuca Teixeira, e no Instagram do guitarrista michellememusic.

Bons shows!