A Serial Funkers, uma das bandas mais queridas dos programas de TV-e a mais popular do Vale da Paraíba (SP)-, lança nesta sexta-feira (28), nas plataforma digitais, o single com a música “Definitivamente”, antecipando a pegada do novo CD do grupo a ser lançado em novembro deste ano.

O Música em Letras entrevistou, por e-mail, os quatro integrantes da Serial Funkers para descobrir o porquê de tanta popularidade e quem é quem no grupo.

No som da banda predominam o soul, o black, e a funk music, com influências das músicas norte-americanas dos anos 1970. Durante os 14 anos de existência, a banda passou a incorporar, aos poucos, tanto no repertório quanto no seu estilo, o samba rock. Atualmente, a Serial Funkers é uma banda divertida que preza pela qualidade musical, bom humor e que se preocupa em fazer de seus shows momentos únicos e especiais.

A Serial Funkers talvez seja a única banda do Vale do Paraíba com expressão nacional. Em 2015, o grupo participou do programa da Rede Globo “Superstar”, o que a fez  ganhar notoriedade nacional e viajar para muitos estados do país, além de realizar shows internacionais na Colômbia e na África do Sul. A partir daquele momento, o grupo se tornou presença constante em vários programas de TV, o que bombou sua popularidade, principalmente no Vale do Paraíba, onde a “filha da terra” é adorada.

Entre os programas de TV em que a Serial Funkers mostrou seu suingue estão o “Altas Horas”, “Encontro com Fátima Bernardes”, “Domingão do Faustão”, “A Hora do Faro”, “Todo Seu”, “Mulheres”, “Melhor da Tarde com Cátia Fonseca”, “Mega Senha”, “Amaury Jr.”, “Ritmo Brasil” e “Mariana Godoy Entrevista”.

Antes da pandemia, a banda fazia uma média de 8 a 12 shows por mês, chegando a 16 nos meses de novembro e dezembro. No entanto, no período de março a junho deste ano, foram apenas três shows. Com a quarentena, reservas para apresentações em eventos e casamentos, muito freqüentes na agenda da banda, foram canceladas. Desde março, a Serial Funkers não toca em nenhuma dessas ocasiões.

Contudo, no final de julho, após mais de 4 meses sem shows, a banda voltou ao palco para uma apresentação no Shopping Centervale, em São José dos Campos (SP). Realizado no sistema drive-in, com o público assistindo ao show de dentro dos carros, o evento foi um grande sucesso, pois contou com uma audiência de cerca de 600 pessoas, instaladas em 150 carros.

CDS DA SERIAL FUNKERS

A Serial Funkers ja lançou dois CDs: “Porque Funk é Coisa Séria” (2015) e “Serial Kids” (2019).

No primeiro disco as principais faixas são “A Batida do Coração”, música de autoria da banda, com letra do compositor carioca Gabriel Moura, e “Coisa Assim”, com música e letra da banda. No disco, muito soul, funk e pop, com influência de black music, e também samba rock.

O segundo disco tem como faixas principais “Deliciosas Frutas” e “Um Bichinho”, as duas de autoria da banda. O CD faz parte de um projeto infantil chamado “Serial Kids”, sobre o qual a banda montou um show específico para as crianças e toda a família, com os grandes sucessos do cancioneiro infantil e algumas músicas inéditas.

A partir da meia-noite desta sexta-feira (28), a Serial Funkers disponibiliza para o público, nas plataformas digitais, o single “Definitivamente” (acesse o link no final do texto). A música é de autoria do baterista Luguta e do tecladista Herbert Medeiros, com letra do compositor Gabriel Moura. Segundo Luguta, entrevistado pelo blog, “a música têm influência do neosoul, [estilo que surgiu do soul e do R&B contemporâneo] e da disco music, bem dançante e com elementos modernos como sintetizadores e Moogs”.

“Definitivamente” será uma das 12 faixas que irão compor o repertório do terceiro disco do grupo. “Pretendemos lançar o disco no fim de novembro de 2020”, disse o baterista.

Segundo o artista, o próximo disco-ainda sem nome-terá um conceito mais moderno do que o primeiro, com músicas dançantes, mesclando o trabalho acústico, destaque nos shows da banda, com elementos eletrônicos em algumas faixas.

Perguntado sobre o que as pessoas devem ter em mente quando ouvirem o novo single, Luguta respondeu: “Devem ter em mente que, mesmo após quase 15 anos de trabalho e muitos shows, a banda conseguiu se reinventar, lançando um single moderno, com influências dos artistas novos, como Bruno Mars e Dua Lipa”.

A BANDA

A banda foi formada, em 2006, na cidade de São José dos Campos, pelo guitarrista de blues Lancaster Ferreira. Seis meses após a formação do grupo, ele convidou o baterista Luguta para participar do projeto, que trouxe, junto com suas baquetas, surdo, pratos, bumbo, caixa e ferragens, o cantor Regis e o baixista Luciano. O tecladista Herbert completou o grupo em 2010.

Atualmente, a Serial Funkers é formada pelo vocalista Reginaldo Paulino, o Regis Paulino, 42, mineiro de Pouso Alto; pelo baterista e backing vocal Luis Gustavo Moraes Bellintani, o Luguta, 42, paulistano da gema; pelo contrabaixista Luciano Alves Ribeiro, o Luciano Ribeiro, 39, de São José dos Campos; e pelo tecladista Herbert Cardoso Medeiros, o Herbert Medeiros, 33, outro paulistano da gema.

O vocalista Regis iniciou os estudos de canto em 1995, no Coral Lírico de São Lourenço (MG). Entre 2001 e 2002, estudou canto e técnica vocal no conservatório musical Maestro Fêgo Camargo, em Taubaté (SP). Para o músico, tocar na Serial Funkers é “a oportunidade de subir em um palco para transmitir alegria e leveza às pessoas. Considerando os companheiros de trabalho que tenho, é um aprendizado constante e o privilégio de estar ao lado de três músicos fantásticos”.

O batera e backing vocal Luguta estudou piano, teclado e violão, entre 1986 a 1990, na escola Traviata, em Taubaté. Em 1998, foi, durante um ano, estudante do conservatório musical Souza Lima em São Paulo (SP). Para o músico, integrar a Serial Funkers é “poder tocar o que eu gosto, com parceiros incríveis de banda, e levar boa música, alegria e diversão para todos os cantos do planeta”.

O tecladista Herbert iniciou seus estudos de teclado na igreja Quadrangular, em 1997. Em 2002 estudou harmonia e produção musical na ULM (Universidade Livre de Música), em São Paulo. Para o tecladista, atuar na Serial Funkers “é ter a responsabilidade de representar um estilo pouco difundido atualmente e, de certo modo, discriminado pela falta de informação das pessoas”.

O contrabaixista Luciano iniciou seus estudos no instrumento, em 1990, por meio da igreja Evangélica Assembleia de Deus, mas se considera um músico autodidata. Para Luciano, tocar na banda “é poder levar alegria, mensagem de amor por todos os lugares”.

Nem todos os integrantes grupo trabalhavam com música antes de formarem a banda. Luciano foi vendedor de cimento, cuidador de idosos, além de vendedor em loja de roupa, enquanto Luguta, além de atuar em uma loja que comercializava boxes de alumínio, trabalhou como bancário durante oito anos.

Tocar na Serial Funkers mudou o que na vida de cada um desses músicos?

Regis: “Hoje, entendo com mais clareza a responsabilidade de ‘construir pontes’ através da música e colocando-a como pilar central”.

Luguta: “A Serial Funkers mudou a minha vida quanto a minha projeção profissional, hoje sou um profissional bem sucedido e respeitado no meio musical. O fato de poder tocar com vários artistas dos quais sempre fui fã também mudou a minha vida no aspecto cultural e profissional”.

Herbert: “Aprender a respeitar as opiniões e o espaço de cada um na banda. E independente de nível, classe, religião etc.  A importância de uma boa construção sonora, única, que criamos e acreditamos ao longo desses anos”.

Luciano: “Poder conhecer pessoas e lugares incríveis, poder ter como profissão o que mais amo de fazer na vida, música !!”.

O link para acessar o novo single da Serial Funkers é https://ps.onerpm.com/5978733016?_ga=2.62121324.1989624459.1597897146-257399197.1596056840