O cantor, compositor e violonista Luis Gustavo Lencioni Pereira, 47, conhecido como  Tuia, lança nesta sexta-feira (5), nas plataformas digitais, o álbum “Versões de Vitrola-vol.1”.

O Música em Letras entrevistou o artista, por e-mail, e além de informações sobre o novo disco conseguiu um faixa a faixa feito pelo compositor, com exclusividade para o internauta do blog.

 Nascido em Jacareí, no Vale do Paraíba, em São Paulo, Tuia iniciou sua carreira, em 1994, atacando na banda rock rural Dotô Jéka. Com essa banda gravou dois discos: “Tia Marieta” (1994) e “Fogo de Palha” (2001). Em 2007, o músico gravou “Tuia e Os Transmissores”, antes de seguir carreira solo, lançando, em 2009, “Tuia Ao Vivo”. Em 2013 lançou “Jardim Invisível’ e, em 2016, “Reverso Folk”.

O novo CD, “Versões de Vitrola-vol.1” (Kuarup), traz nove músicas. Sete são versões de clássicos da MPB, regional e rock, além de duas regravações autorais: “Céu”, que conta com a participação de Elba Ramalho, e “Flor”. “O conceito desse disco surgiu a partir dos shows do projeto ‘Nós do Rock Rural’, que reuniu, além de mim, Zé Geraldo, Tavito, Guarabyra e o Ricardo Vignini. Sempre fui intérprete de minhas canções e com essa turma comecei a interpretar os clássicos deles”, disse o artista que, com os produtores Juliano Cortuah e Alexandre Fontanetti, recriou tais clássicos, com uma pegada atual enveredando por uma sonoridade mais pop, mas preservando a identidade das  melodia e das letras.

Tuia acredita que as pessoas vão se surpreender com o resultado do disco. “Porque traz uma pegada mais pop folk, sem perder a essência das canções. A ideia foi tentar apresentar esse repertório incrível para um público mais jovem, sem grandes pretensões modernas, somente com uma nova visão que traz a minha forma de fazer música, o meu DNA artístico.”

Leia, a seguir, o faixa a faixa que Tuia fez do CD “Versões de Vitrola-vol.1”

1-“Espanhola”, de Guarabyra e Flávio Venturini

“A música ganhou uma versão power pop, com uma levada quatro por quatro, contrária à levada ternária da versão original.”

2-“Céu”, de Tuia Lencioni

“Nessa regravação, contei com a participação de Elba Ramalho, que levou a música para um folk pop mais regional com a influência dela. Essa música tem sido destaque na rádio Nova Brasil FM.”

3-“Senhorita”, de Zé Geraldo

“Transformei a ‘Senhorita’ do Zé num rock anos 70, com uma pegada bem soul.”

4-“Linda Juventude”, de Fávio Venturini e Márcio Borges

“A música, que já foi  interpretada pela banda 14 Bis, virou nessa faixa um folk rock mais lento, quase pesado, mas com sutilezas no arranjo, inspirado numa versão do acústico do Nirvana. Nela, temos a participação da cantora Ana Vilela.”

5-“Flor”, de Tuia Lecioni

“Essa é das minhas músicas a mais conhecida. Ela teve na sua primeira versão um dueto com o Guarabyra, que se identificou bastante com ela. Um dia ele me disse que, se essa música tivesse sido lançada naquela época, seria um hit.”

 6-“Chalana”, de Arlindo Pinto e Mario Zan

 “Essa música ficou popular com o Almir Sater, mas nessa versão há uma pegada rítmica mais rock groove dos anos 1970, com uma sonoridade atual. Ela é no estilo Lenny Kravitz, sem perder a violada pantaneira, mas saindo do ternário e ficando mais direta em quatro por quatro.”

7-“Tudo é Possível”, de Kiko Zambianchi,

“É a única do faixa que mostra a influência do pop rock brasileiro dos anos 1980. Segundo o Kiko Zambianchi, foi uma das melhores versões que já fizeram dessa música dele.”

8-“Começo Meio e Fim”, de Tavito, Ney Azambuja e Paulo Sérgio Valle,

“Nessa regravação há uma influência do rock gaúcho dos anos 1990, misturando o folk rock com a regionalidade da gaita gaúcha, a sanfona.”

9- “Linda Juventude”, de Flávio Venturini e Márcio Borges

“Essa versão tem o arranjo original da banda 14 Bis, que tocou muito nas principais rádio de música popular brasileira. Ela ficou entre as mais pedidas na rede Nova Brasil e ALPHA FM.”