Gol do Sesc!

A partir desta sexta-feira (15), álbuns digitais lançados pelo Selo Sesc, com registros sonoros de shows que aconteceram nas unidades da instituição, em São Paulo, terão acesso gratuito na plataforma digital sescsp.org.br/sescdigital que reúne mais de 10 mil itens.

Para comemorar o acontecimento foi escolhido, com exclusividade, o álbum “Sessões Selo Sesc #8: Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 Anos”. Nas demais plataformas digitais de streaming, o disco, que traz artistas superqualificados para interpretarem a obra de Jackson do Pandeiro (1919-1982), chega no dia 22 de maio.

Entre alguns dos músicos e intérpretes que figuram no álbum estão a cantora e compositora Mariana Aydar, o sanfoneiro, cantor e compositor Targino Gondim; o cantor e compositor Silvério Pessoa; o compositor e cantor Junio Barreto; a cantora Irene Atienza e o violinista Nicolas Krassik.

A gravação do show, que aconteceu em agosto de 2019, no Sesc Santana, captou com muita qualidade a homenagem suingada para comemorar o centenário de Jackson do Pandeiro, em meio a muito frevo, coco, samba e rojões brilhantemente compostos pelo artista.

Artistas que participaram do espetáculo ‘Toada Improvisada Jackson do Pandeiro 100 Anos (Foto: Divulgação/ Elisa Gaivota)

O molho cheio de suingue contou com o som do violão de 7 cordas de Gian Correa, a sanfona de Cosme Vieira e a percussão de Kabé Pinheiro, além do violino de Nicolas Krassik para servirem instrumentalmente de início, e de bandeja, as manjadas, mas sempre deliciosas de serem repetidas “O Canto da Ema”, “Sebastiana” e “Meu Enxoval”.

O pernambucano Junio Barreto foi o responsável por cantar o samba “Lágrima”, além dos forrós “Morena Bela” e “Tum, Tum, Tum”, seguido pela espanhola Irene Atienza que “sotaqueou” lindamente, dando cor especial às composições de Jackson: “Bodocongó”, “Forró de Surubim”, “Chiclete com Banana” e “Na Base da Chinela”.

O professor Silvério Pessoa revisitou, como um verdadeiro mestre, frevos e outras canções como “Um a Um”, “Papel Crepom”, “Cabeça Feita” e “Micróbio do Frevo”, entregando a Mariana Aydar o chão quente e preparado do palco para sustentar forrós como “Casaca de Couro”, “Capoeira Mata Um” e “A Ordem é Samba”.

Antecipando o momento final do show, no qual todos os artistas cantaram “Cantiga do Sapo” e “Sebastiana”, o supersanfoneiro e cantor Targino Gondim arrasou com seu instrumento e voz sempre acolhedora -acompanhado da guitarra de Luiz Maya, do baixo de Tadeu Gouveia e da bateria de Vinícius Gomes-, para, em meio às melodias de “Amor de Mentirinha”, “Tem Pouca Diferença” e “O Canto da Ema”, mostrar seu enorme talento.

Mais um gol de placa do Sesc, principalmente no duro jogo que acontece nesses tempos de pandemia, em disponibilizar gratuitamente um conteúdo rico, importante e com muita música e letra.