Conheça e assista Bruno Migotto
Conheça e Assista é a seção do Música em Letras dedicada a perfis de artistas e profissionais relacionados à música. Muitos deles, embora com carreiras estabelecidas e reconhecidas por seus pares, não têm seus nomes identificados imediatamente pelo público.
Mesmo para quem milita na área, como é o meu caso, histórias e trajetórias de personagens que contribuem de modo relevante para nosso universo sonoro podem passar despercebidas. Por isso, aproveito para contar aqui como acontecem esses encontros, misto de atenção, acasos felizes, contatos e um pouco de sorte.
Neste relato, conheça o multi-instrumentista, arranjador, compositor e professor paulista Bruno Migotto, 32, que lança, em show gratuito no próximo sábado (29), no teatro do Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo, o disco “Mobiles – Vol. 2”, do Trio Ciclos, do qual é integrante. Durante o espetáculo, também será gravado o CD “Mobiles- Vol.3 Ao Vivo”. “Vamos gravar usando um sistema de som, composto por dois grupos de oito caixas de som. O som eletrônico será espalhado entre 16 caixas que estarão na plateia”, disse o músico, prometendo, com essa espacialização do som, uma sensação única para quem for ao evento.
Assista ao músico interpretando, com exclusividade para o Música em Letras, duas músicas que estão no repertório do show, no qual Migotto toca com Alex Buck, na bateria, e Edson Sant’anna, no piano (veja vídeos no final do texto).
PRIMEIRO CONTATO
Desde o início de 2005, Bruno Migotto atua na noite de São Paulo, tocando em bares e shows. Eu o assisti tocando contrabaixo em inúmeras ocasiões, integrando várias formações. Sempre com a mesma atitude ao acompanhar e improvisar, de maneira a não se sobrepor aos outros instrumentistas ou à própria música, Migotto é o que se chama de um músico “low profile”.
No início deste ano, ao acaso, encontrei-o caminhando próximo à estação Paraíso do metrô. Em nossa conversa, manifestei minha vontade de entrevistá-lo. Demorou um pouco, mas armamos para nos encontramos no espaço onde Migotto dá aulas, na Vila Mariana. O resultado da entrevista é o que você vai ler (e ouvir) a seguir.
GÊNESE
Bruno Rohwedder Migotto, 32, nasceu em Campinas, interior de São Paulo, e mora na capital há 15 anos. A formação acadêmica de Migotto como músico não é completa. Em 2004, ele veio para São Paulo para cursar composição na faculdade Souza Lima, mas não terminou o curso que frequentou durante três anos. “Fui da primeira turma dessa faculdade que tem um convênio com a Berklee College of Music, de Boston. Só que na época, você tinha que estudar dois anos no Brasil e depois completar o curso indo para Berklee. Cursei os dois anos aqui, mas por motivos financeiros não consegui ir para os Estados Unidos completar o curso. Até ganhei uma bolsa não integral, mas mesmo assim era muito caro e não consegui grana para ir”, contou o músico que nos dois anos em que permaneceu na capital conheceu outros músicos e passou a trabalhar na cidade, atacando em diversos lugares.
Em 2008, o artista retomou o curso, cujas regras tinham mudado e poderia ser completado aqui no Brasil. Mas sua intensa atuação na cena da música instrumental impossibilitou, mais uma vez, o término dos estudos. “Tranquei [o curso] por conta dos trabalhos e estou com a matrícula trancada até hoje. Vi que o diploma não faz tanta diferença assim”, disse o músico.
Migotto toca violão, contrabaixo acústico, elétrico, bateria e piano. Tudo começou quando ganhou de seu pai, aos 9 anos, um teclado, mas seu interesse foi sempre muito maior pela bateria. “O que mais me interessava no teclado era reproduzir o som dele na bateria. No dia em que vi uma bateria de verdade, montada – eu tinha uns 11 anos -, descobri na hora qual era o instrumento que eu gostaria de tocar e o que eu queria ser na vida”, contou o músico, filho único de um metalúrgico com uma contadora.
Por morar em apartamento, o desejo de Migotto em ter uma bateria sempre foi frustrado pelos pais para evitar que o pimpolho incomodasse os vizinhos. Acabaram por presentear o garoto com um contrabaixo elétrico. “Não podia ter a bateria e como meu primo tinha uma guitarra resolvi tocar baixo por indicação dele, mas nessa época nem sabia o que era um baixo”, falou o músico que passou então a ouvir discos de rock, prestando atenção nas linhas de baixo. Entre os discos, vários do Black Sabbath, grupo que Migotto ainda admira. “Tem muita coisa de rock que o baixo dobra com a guitarra e você não consegue identificar o que é o que, mas no Black Sabbath o baixo do Geezer Butler era muito fácil de ouvir. As linhas de baixo dele foram as primeiras que comecei a tocar de ouvido. Adorava.”
Entretanto, Migotto não podia ver uma bateria montada que logo partia para cima do instrumento. “Sempre fui aquele chato que, no intervalo de ensaios, aproveitava a bateria dos outros para tirar um som. Tenho até hoje esse tesão pela bateria, fico louco com esse instrumento.”
Ainda em Campinas, Migotto estudou contrabaixo em três “escolinhas de bairro”, além de percepção musical e teoria durante um ano, antes de se meter a aprender violão, por conta própria. “Um amigo tinha aulas de violão e me passava o que aprendia. Sei que eu era tarado por música e acabei aprendendo violão também”, disse o artista que aos 15 anos passou a ter aulas particulares de contrabaixo com o professor Gilberto De Syllos.
As aulas com De Syllos mudaram a vida de Migotto, pois “abriram” a cabeça do garoto em termos de música, técnica, repertório e gêneros musicais. “Fui apresentado ao som do Jaco Pastorius e outros grandes músicos, como o Tom Jobim, por intermédio desse professor, que era do jazz, mas nunca desprezou meu lado do rock. Foi com o De Syllos que comecei a me interessar pelo improviso e pela harmonia sem deixar o rock de lado”, contou o dedicado aluno, que permaneceu durante dois anos sob a tutela de De Syllos que acabou por indicá-lo para ingressar, com uma bolsa de estudos, no curso superior de música da faculdade Souza Lima, em São Paulo.
DO ROCK AO JAZZ
Aos 19 anos, o músico retornou para Campinas, pois não conseguiu amealhar a grana necessária para terminar o curso da faculdade em Boston. Passou, então, a atacar em um grupo de bailes, tocando pelo interior do estado, além de dar aulas em escolas de bairro para músicos iniciantes.
Com De Syllos aprendeu que não tinha de demonizar o rock para tocar bem. “Ele até me estimulava a tocar rock.” Na faculdade Souza Lima, teve contato com professores – todos músicos profissionais – que se tornaram, além de seus amigos, parceiros de som. “Na faculdade não tinha aquele clima acadêmico; a maioria dos professores eram caras atuantes na cena, como o Daniel D’Alcântara [trompetista] e o Bob White [baterista] que se tornou meu padrinho musical.”
Bob White apresentou a Migotto inúmeros baixistas de jazz ampliando seu conhecimento técnico e repertório. O músico comprou um baixo acústico e passou a “sentir” o instrumento no peito, mais que o elétrico. “Foi aí que o Bob White me chamou, em 2007, para tocar com o quarteto dele no Teta [Teta Jazz Bar, em São Paulo]. No mesmo ano, a banda Soundscape estava sem baixista e comecei a tocar com eles. Assim conheci mais músicos e aprendi o repertório de jazz”, disse o artista que no baixo acústico é autodidata.
A partir daquele momento, Migotto enveredou seu trabalho pelos caminhos do jazz, abandonando os bailes e “sons ruins” que fazia apenas para se manter. “Comecei a fazer o som que eu queria e saí da asa do meu pai, que me dava um suporte financeiro, e passei a pagar as minhas contas.”
Entre outros músicos, Migotto também atacou ao lado do guitarrista Victor Biglione realizando uma turnê pelo Sesc tocando músicas de Tom Jobim (1927-1994). “Fizemos muitos shows em trio, eu o Bob [White] e o Biglione, que já era famoso e me deu muita visibilidade na época”, contou o músico que na ocasião estava com 20 anos.
Ladeando músicos celebres, Migotto ganhou credibilidade e passou a tocar com muitos outros artistas de prestígio, como Michell Leme (guitarra) e Daniel D’Alcântara (trompete). Este havia sido seu professor de prática de banda na faculdade Souza Lima, assim como Victor Alcântara (sax) e seu padrinho musical, Bob White (bateria).
Adquirir e estudar baixo acústico, na ocasião, foi essencial para que Migotto tivesse mais trabalho. “Nessa época, em São Paulo, era meio raro um baixo acústico. Os caras mais velhos falam que foi um período de escassez. Os que tocavam não queriam mais levar o instrumento pro trabalho; só atacavam de baixo elétrico porque tinham preguiça de levar o acústico. Foi quando pintou o Thiago Alves, o primeiro moleque tocando acústico naquela época. Ele tocava no Mancini [Restaurante Walter Mancini] e o Sidiel [Vieira] começou a tocar também um pouco depois. Conheci os dois, ficamos amigos e eles que me aconselharam a comprar um acústico porque estava sobrando trabalho e faltando gente.”
SÃO SÃO PAULO
Ter mudado para São Paulo foi fundamental para o aprimoramento de Migotto. Segundo ele, a vida de músico na cidade é superdifícil. “A cidade é gigante e tem muito músico bom; o nível é alto pra caramba e, dessa maneira, acaba-se por aprender a resolver as coisas rapidamente. Toquei com muita gente diferente, mas quase sempre saía de casa para tocar standards e para esse tipo de trabalho não há ensaios. Você tem que aprender o repertório, fazendo a lição de casa bem feita. Isso faz com que você ganhe uma boa formação como músico. Foi na noite de São Paulo que aprendi e entendi as informações que tive na faculdade. Tocar em conjunto e de uma forma variada é uma arte diferente de tocar sozinho. Como a maioria dos músicos passam mais tempo tocando sozinhos do que com outras pessoas, a prática em conjunto que tive na noite de São Paulo me acrescentou muito. Tenho muito mais horas tocando em grupo do que só.”
Tocando tanto, e em formações diversas, Migotto aprendeu a estudar sem o instrumento, pois muitas eram as vezes nas quais seus dedos ficavam em frangalhos de tanto tocar. “Tocava tanto na noite de São Paulo que minhas mãos doíam, meus dedos ficavam com bolhas e quando chegava em casa não conseguia estudar. Imaginava o instrumento na mão e exercitava como se estivesse tocando, além de ouvir muita música o que a traz para dentro de você. A partir daí, o instrumento vira apenas um instrumento. É onde todos queremos chegar. Esse foi um grande aprendizado, estudar sem o baixo.”
MULTI-INSTRUMENTISTA
Com mãos e dedos doloridos pelo uso constante do baixo acústico, Migotto aproveitava para “meter a mão” em outros instrumentos, como violão, bateria e piano. Assim passou a compor. “Em 2008, comecei a dar aulas no conservatório Souza Lima e na minha sala havia um piano, que substituiu o violão para mim. Passei a usá-lo para dar aulas e compor. Como eu dava muitas aulas, eram 12 horas por dia, duas vezes por semana, toquei piano pra caramba e comecei a aprender o instrumento sozinho, mas sempre com uns toques de amigos pianistas”, contou o artista que, em 2012, comprou um piano de armário, e estuda o instrumento até hoje.
A bateria, Migotto (que até então tocava nas dos outros) comprou em 2008. No instrumento, que tem até hoje, toca praticamente todos os dias, estudando mais e mais. Já o violão está “meio de lado”, por conta do piano, mas às vezes ainda pega nele para brincar.
Embora com tantas habilidades, o músico não gosta de ser chamado de multi-instrumentista. “Tenho medo dessa palavra. Mas, atualmente, se tivesse de optar por apenas um instrumento, escolheria primeiramente o piano porque tem tudo nele. É um instrumento completo e que tem um mundo que, a cada dia, faz com que você descubra um som diferente. A bateria seria minha segunda opção e o baixo [pasme, leitor] seria minha terceira opção, perdendo apenas para o violão.”
AULAS CONCORRIDAS
Migotto dá aulas desde os 15 anos. Entre os instrumentos que ensinava estavam o violão, o contrabaixo e a bateria. “Sempre dei aulas para meus amigos da escola. O primeiro dinheiro que ganhei com música foi ensinando.”
Como professor, Migotto também é reconhecido. As aulas que ministra atualmente, de prática de conjunto, são concorridas. As aulas de ritmo, para qualquer instrumento e que abordam do nível básico ao avançado, são as que mais atraem alunos, incluindo músicos profissionais. “Tem um milhão de cursos de arranjo, harmonia e tudo mais, mas sobre ritmo há poucos. Dando essas aulas percebi como a falta de estudo sobre ritmos é uma lacuna na formação de qualquer músico, até daqueles considerados muito bons. Isso no Brasil, porque músicos estrangeiros tratam o ritmo com mais respeito.”
Migotto tem algumas definições muito próprias para os variados elementos que compõem a apresentação de um som. Para ele, harmonia é “sensação, cor”; o ritmo é o “chão”; melodia, “céu”. Arranjo é “a roupa que você veste o som”, e improvisação, “a música refletindo a vida real”. Mixagem é “colocar cada coisa em seu devido lugar, dentro do espaço que temos. É um equilíbrio”. Compor: “Improvisar com tempo para pensar”. Estudo: “Faz parte da rotina diária, como escovar os dentes”. Música: “É o sentido da vida”.
CDS
“In Set” (2009) é o primeiro disco de Bruno Migotto. Gravado com uma formação que incluiu quatro sopros – sax alto (Cássio Ferreira), sax tenor (Josué dos Santos), trompete (Daniel D’Alcântara) e trombone (Jorginho) -, além de bateria (Alex Buck), baixo (Migotto) e guitarra (Michel Leme), o disco traz composições do músico do tempo em que tocava nas noites de São Paulo. Para o trabalho, Migotto convocou seus irmãos de som, com quem já tocava há dois anos, e gravou as mil cópias, das quais hoje só dispõe de 30.
“Trio Ciclos” (2012) é o primeiro disco do trio formado por Alex Buck, na bateria, Edson Santanna, no piano, e Bruno Migotto, no contrabaixo. Inicialmente, constavam do repertório “Chega de Saudade”, de Vinícius de Moraes (1913-1980) e Tom Jobim, e “Alvorada”, de Cartola (1908-1980) Os valores em direitos autorais dessas músicas, no entanto, inviabilizaram o lançamento. Além dessas duas composições, o CD incluía mais quatro música autorais dos integrantes do trio. Por terem sido feitas apenas 300 cópias, o CD é considerado, atualmente, uma raridade. A diferença do som do trio – então totalmente calcado no samba jazz – para hoje é brutal.
“Mobiles – Vol 1” (2015) é o segundo disco do trio Ciclos. Traz uma nova linguagem musical que explora pequenos trecho dos arranjos realizados pelos integrantes do grupo, que abandonaram de vez a onda do samba jazz, partindo para caminhos de improvisação.
No CD “Projeto Unknown” (2015), Migotto, no contrabaixo, integra o grupo formado, em 2014, pelo guitarrista Djalma Lima, com Cuca Teixeira, na bateria, e Gustavo Bugni, nos teclados. O grupo começou tocando standards de jazz antes de assumir temas criados por seus integrantes. O disco tem repertório totalmente autoral, com pedais de efeitos acoplados a guitarra, baixo e teclados para explorar timbres inusitados, enveredando pelo fusion.
“Varanda” (2016) é disco importado do grupo The Reunion Project em que Migotto toca contrabaixo acompanhado por Tiago Costa, no piano, Edu Ribeiro, na bateria, Chico Pinheiro, na guitarra, e Felipe Salles, nos sopros. O CD é resultado de um trabalho de Salles apresentado para um projeto acadêmico, que incluiu, além da gravação do disco com músicas de todos os integrantes, oito shows pelos Estados Unidos e algumas masterclasses.
“Mobiles – Vol 2” (2019), foi gravado junto com o segundo disco do trio Ciclos, é o terceiro disco do grupo, apresentando a nova linguagem musical que explora pequenos trechos dos arranjos realizados pelos integrantes, partindo para caminhos de improvisação. Com a mudança no mercado de discos com relação à mídia CD, foram feitas apenas 500 cópias desse trabalho que incorpora a eletrônica como novo elemento por meio de sons processados por computadores.
“Projeto Unknown II” (2019) é o CD que dá prosseguimento ao trabalho do grupo formado por Migotto, no contrabaixo, Cuca Teixeira, na bateria, e Gustavo Bugni nos teclados, com repertório totalmente autoral e uma identidade sonora mais formatada por seus integrantes.
Bruno Migotto gravou também mais três discos com a banda Soundscape. O primeiro, “Cores – Vol. 1” (2011), traz uma mudança no som da banda de jazz, com arranjos de Gustavo Bugni (piano) e do guitarrista Fernando Corrêa, apresentando uma linguagem mais moderna. Em 2013, o músico grava “Paisagens Sonoras”, seguindo a nova linguagem da banda marcada por mais arranjos contemporâneos. Neste ano (2019), Migotto lançou, com a mesma banda, “Soundscape – 20 anos”. O CD inclui músicas de Wayne Shorter (“Plaza Real”) e Milton Nascimento (“Maria 3 Filhos”), entre outras.
O SHOW
No show de lançamento do disco “Mobiles – Vol 2”, programado para este sábado (29), no teatro do Instituto de Artes da UNESP, acontece a gravação do CD “Mobiles – Vol. 3 Ao Vivo”. A oportunidade oferecerá as “condições ideais” para o trabalho, pois a apresentação contará com 16 caixas de som do Studio PANaroma para a espacialização dos sons eletrônicos que aparecem somados aos sons do trio formado por Edson Santanna, no piano, Bruno Migotto, no baixo, e Alex Buck, na bateria.
Segundo Migotto, trata-se de uma oportunidade única de conhecer um som reproduzido por esse sistema, o que deve trazer novidades aos ouvidos da plateia, algo que extrapola o som tradicional de um trio de jazz. “Por lidarmos com esse quarto elemento, que é a eletrônica, há muita textura diferente no som desse show. Há coisas superdifíceis e complexas ritmicamente de serem tocadas, como alguns grooves nos quais o baixo e a bateria estão juntos, mas o piano fica completamente fora do que estamos fazendo. A soma disso tudo cria uma terceira textura, completamente nova. Tem muito da música erudita contemporânea nesse som onde impera o improviso com todos ao mesmo tempo”, disse o músico que, com seus irmãos de som, improvisam utilizando elementos rítmicos que proporcionam novas alternativas para a música.
Assista, a seguir, aos dois vídeos gravados com exclusividade pelo Música em Letras, nos quais Bruno Migotto toca com o trio Ciclos.
SHOW LANÇAMENTO CD “MOBILES – VOL 2” E GRAVAÇÃO DE “MOBILES – VOL 3”
ARTISTA Trio Ciclos
QUANDO Sábado (29), às 20h
ONDE Teatro Maria Lourdes Sekeff, r. dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271, Barra Funda, São Paulo, tel. (11) 3393-8530
QUANTO Gratuito