Conheça e assista Anna Setton
Conheça e Assista é a seção do Música em Letras dedicada a perfis de artistas e profissionais relacionados à música. Muitos deles, embora com carreiras estabelecidas e reconhecidas por seus pares, não têm seus nomes identificados imediatamente pelo público.
Mesmo para quem milita na área, como é o meu caso, histórias e trajetórias de personagens que contribuem de modo relevante para nosso universo sonoro podem passar despercebidas. Por isso, aproveito para contar aqui como acontecem esses encontros, misto de atenção, acasos felizes, contatos e um pouco de sorte.
Neste relato, conheça a cantora e compositora paulistana Anna Setton, 35, que lançou na última sexta-feira (5), nas plataformas digitais, o single “Baião da Dora”, com a participação do pianista Edu Sangirardi, seu marido. A música está no repertório do primeiro disco de Setton, programado para ser lançado dia 17 de outubro no Baretto, e dia 20 no teatro Brincante, os dois locais em São Paulo.
Assista à cantora interpretando, com exclusividade para o Música em Letras, “Piano na Mangueira”, de Tom Jobim (1927-1994) e Chico Buarque. Acompanhada por Sangirardi, Setton canta “Estrada no Mar“, música do pianista com letra de André Goldfeder (veja vídeos no final do texto).
PRIMEIRO CONTATO
Desde o início dos anos 2000, Anna Setton atuava na noite de São Paulo, cantando em lobbies de hotéis, em eventos e nas casas do grupo Mancini, além de se apresentar no Baretto, bar do hotel Fasano, em São Paulo. Além disso, a moça também aparecia ao lado do cantor e compositor Toquinho, em shows e gravações.
Não me recordo de ter visto ou escutado Setton antes de assisti-la em vídeos na internet, há alguns anos, cantando ao lado de um trio de músicos – o pianista Evaldo Soares, o contrabaixista Lito Robledo e o baterista Jorginho Saavedra –, grupo de excelência e experiência musical, cujo integrante mais bobo é capaz de vestir a cueca sem tirar a calça. No vídeo, as interpretações de Setton não deixam por menos e brilham, por meio de sua voz, em “O Cantador”, de Dori Caymmi e Nelson Motta; “Flor de Maracujá”, de João Donato; e “Speak Low”, de Kurt Weill (1900- 1950), com letra de Ogden Nash (1902-1971).
Passei a acompanhar as postagens de Setton, que volta e meia me pegavam pelo ouvido. Até que um dia entrei em contato com ela manifestando minha vontade de entrevistá-la. Demorou, mas armamos, nos encontramos e o resultado da entrevista é o que você vai ler (e ouvir) a seguir.
GÊNESE
Na família da cantora Anna Setton, o pai, economista, tocava violão, e a mãe cantava com o marido, mas por hobby. Música popular brasileira era o gênero preferido dos pais de Anna, com interpretações que aconteciam nos finais de semana, em casa.
Contudo, além de Caetano Veloso, Gilberto Gil e o ainda Jorge Bem (antes de se tornar Ben Jor), havia espaço para os Beatles na curtição em família. “Meu pai nunca foi um exímio violonista, mas minha mãe sempre cantou muito bem. Quando era moça, ela foi a cantora da turma e participou de festivais de música no Colégio Equipe, mas tudo de onda, porque ela é socióloga, como minha irmã que também tira uma onda de percussionista”, disse Anna Setton, a única artista profissional da família.
As primeiras lembranças musicais da cantora estão relacionadas ao pai tocando, aos sábados de manhã ,“Chove Chuva” e “Que Maravilha”, usando revistinhas para violão com cifras. “Ele cantava muito Beatles por gostar e acabei aprendendo de tanto cantar junto”, falou a cantora que quando criança foi fã da Xuxa e ouvia vários outros discos infantis.
Antes do surgimento dos CDs, Setton curtia acompanhar os pais nas visitas a lojas de discos, nos finais de semana, para comprarem vinis.
Ao começar a vida escolar (no colégio paulistano Vera Cruz), a garota gostava de ensaiar músicas para cantar para os pais. “Na adolescência, ainda na mesma escola, podíamos escolher entre atividades em artes plásticas, teatro ou música. Eu sempre fui da turma da música. Tinha um espaço, no recreio, no qual organizávamos saraus e eu estava sempre cantando”, falou a cantora que, além de MPB, gostava de cantar músicas de rock como as de Jimmy Hendrix (1942-1970) e as do grupo Paralamas do Sucesso.
Aos 15 anos, Setton ganhou, como presente de aniversário, seu primeiro violão. “Tive aulas na escola Companhia das Cordas, com o Rubens Nogueira, violonista que já morreu. Comecei porque achava legal o instrumento, depois porque queria me acompanhar, até que desisti e iniciei as aulas de canto.”
A professora de canto era da mesma escola, mas não marcou muito a vida de Setton que lembra, mas sem muita certeza, apenas de seu apelido, Val. “Acho que era esse…Depois, começou aquela loucura de vestibular e parei de ter aulas com ela”, disse a cantora que não optou por um curso superior de música, mas de relações internacionais, na PUC (Pontifícia Universidade Católica), em São Paulo, formando-se em 2006.
PARCERIAS
Em 2002, no início do curso de relações internacionais, Setton conheceu o pianista Eduardo Sangirardi, que também estudava na PUC onde se formou em publicidade. Hoje, Edu é seu marido. “Começamos a namorar e tínhamos essa coisa de querer tocar. Fizemos um grupo, o Roda de Samba e Choro. Aí tudo começou.”
O grupo reunia Edu (gaita), Eduardo Enock (violão de 7 cordas e contrabaixo), Lúcio Costa (bandolim) e um primo do bandolinista, do qual Setton não lembra o nome: “Não era músico profissional, mas atacava de percussão e pandeiro”. O grupo tocava semanalmente em um bar ao lado da PUC, no bairro de Perdizes. No repertório, músicas instrumentais e cantadas. “Eu cantava sambas de Cartola, Zé Kéti, Tom Jobim, Nelson Cavaquinho”, falou a artista que curtia atender a pedidos e ganhou no local seus primeiros cachês, vindos do couvert.
Durante um ano de apresentações no bar perto da faculdade, Setton sentiu que deveria investir em sua carreira de cantora. Amiga do baterista Alex Buck, que na ocasião já tinha mais experiência como músico profissional, Setton recebeu dele o conselho de concorrer como intérprete ao Prêmio Visa. “Isso foi por volta de 2004. Gravamos quatro músicas: ‘Mambembe’, do Chico [Buarque], ‘Choro Bandido’, do Edu [Lobo] e do Chico, ‘Frevo de Itamaracá’, do Edu, e ‘Pato Preto’, do Tom Jobim”, contou a artista que, embora não tenha sido contemplada no prêmio, reconhece que a tentativa “valeu”, pois permitiu que entrasse em um estúdio para gravar pela primeira vez.
A cantora lembra que recebeu elogios sobre as gravações, mas o mais importante foi ter vivido a experiência de ter se deparado consigo mesma. “Você se vê quando registra sua voz pela primeira vez. Foi bom porque as pessoas diziam que estava muito legal, mas eu sempre fui muito ‘noiada’, perfeccionista. Depois disso, resolvi estudar música de verdade”, contou a cantora que passou a ter aulas de piano com a pianista e compositora Silvia Goes, com quem disse ter aprendido muito durante quatro anos.
Setton chegou a tocar piano. “Tocava choro, tudo bonitinho, com as duas mãos, harmonizava. Atualmente, não toco mais porque é muito difícil. O violão estava abandonado, mas retomei depois, tendo aulas com o Vinícius Gomes, que foi embora [o músico está fora do Brasil fazendo uma residência na Suíça], e por isso dei uma parada, mas vou conseguir um novo professor.”
PRIMEIRAS LIÇÕES
Segundo Setton, foi no primeiro local em que trabalhou – aquele bar ao lado da faculdade -, que Setton aprendeu a fazer, com o maior respeito, aquilo que gosta: cantar. “Não se preocupar com o público, sabe? Fazer a música pela música. Não importa se tem gente gritando ou não. Tem que fazer a música, com a maior verdade possível.”
Com a pianista Silvia Goes, a cantora não teve uma única “maior lição”. “Aprendi com ela todas as ‘maiores lições’.” Com a não classificação no prêmio Visa, Setton compreendeu que “para fazer o negócio direito, você tem que estudar, se dedicar, tentar e errar, mas você tem que fazer.”
Edu Sangirardi, então já marido de Setton, deixou de tocar gaita e passou a tocar piano. Formaram um duo e mudaram o repertório de músicas para rodas de samba e regional, passando a interpretar standards de jazz e canções norte-americanas, além de bossa nova. “Como era uma coisa mais pianística, começamos a tocar em lobbies de hotéis e eventos. Fazíamos no Hilton toda segunda-feira e, aos finais de semana, no Hyatt. Foi uma puta escola”, contou a cantora que durante três anos dedicou-se a atuar nesse nicho.
NOITES PAULISTANAS
Em 2009, Setton iniciou sua atuação mais regular como profissional, estabelecendo-se na noite paulistana. “Minhas primeiras ‘gigs’ [shows] na noite começaram em 2009, mas foi em 2007, no dia 7 de setembro – eu tinha 24 anos de idade –, quando fui pela primeira vez ao Baretto [bar do hotel Fasano, em São Paulo] pedir para o Mário [Mário Edison Farah (1937-2018)] um lugar para eu cantar.”
Setton não conhecia o experiente pianista, que tocou durante 56 anos na noite de São Paulo, cujo apelido era Mãos de Veludo. Embora já cantasse em hotéis, ela queria atuar “no melhor bar de música que estivesse rolando na época. Descobri que era o Baretto e fui lá pedir emprego”, falou a cantora.
Diante da solicitação, o pianista pediu que a moça cantasse “Samba do Avião”, de Tom Jobim. Setton foi interrompida, após oito compassos, com a frase proferida pelo instrumentista: “Já entendi, você sabe cantar, mas não tem vaga. Me dá seu número de telefone e quando aparecer uma te chamo”.
Setton disse que sempre foi muito obstinada com suas vontades. Com a de cantar no Baretto não foi diferente. Passou a frequentar o local, pelo menos uma vez por semana, e dava uma canja. “Às vezes, quando estava muito cheio, o Mário Édison não deixava. Aí, pintou de alguém ficar doente e fui fazer uma apresentação com o Moacir Soares, que também tocava no Baretto. Mas sempre pedia ao Mário para cantar com ele. Só que o quadro de cantores estava sempre completo, ele não mandava ninguém embora e não tinha vaga. Durante dois anos só cobri férias, e ele continuava a me enrolar, até que abriu um bar [Blue Bar] e ele me indicou”, contou Setton. Naquela época, Mário Édison acompanhava Carlos Fernando e Anna Cañas nas noites do Baretto.
No Blue Bar, Setton atacava ao lado de Michel Freidson (piano), Fogueira (contrabaixo) e passou a conhecer mais músicos da noite. “Logo esse bar fechou e, no ano seguinte, recebi uma ligação do Lito [Lito Robledo, contrabaixista e responsável pela programação musical das casa do grupo Mancini, em São Paulo], dizendo que havia ouvido falar de mim e me convidando para cantar no Mancini. Isso foi em março de 2010, tinha acabado de mudar da casa dos meus pais e aquilo caiu como uma luva.”
Contratada pela casa, Setton passou a cantar três vezes por semana. Bossa nova e jazz eram parte do repertório. “‘Parabéns Pra Você’ foram quantos?”, perguntei sabendo que, quase todos os dias, alguém comemora aniversário na casa e pede a música. “Nunca cantei, porque quando rolava essa deixava só o instrumental e batia palmas acompanhando. Em compensação, meu repertório de músicas norte-americanas que, quando entrei no Mancini, devia ser de umas dez músicas passou para umas 150.”
Vários músicos que brilham na cena atual da música instrumental trabalharam no Mancini, em São Paulo. O local é tido como uma grande escola. “O Lito e o Evaldo [Soares] foram professores supergenerosos. Eles me davam CDs e DVDs de um monte de cantoras para eu ouvir e tirar as versões. Eu ficava a tarde inteira aprendendo em casa, porque não tinha ensaio. Apesar de generosos, eles eram bravos, porque tinha que chegar lá cantando certinho o que tinham me passado”, disse a cantora que cantou no Mancini às quintas, sextas e sábados, durante um ano e meio.
Na metade de 2010, a tão esperada e batalhada vaga para cantar ao lado de Mário Édison, no Baretto, surgiu e Setton passou a se apresentar segundas, terças e quartas-feiras no local. Em conjunto com os dias que trabalhava no Mancini, Setton estava agendada todas as noites da semana.
Segundo a artista, foi no Mancini que ela aprendeu a respeitar a música, os músicos e adquiriu a habilidade de se colocar como um instrumentista no som. Com Mário Édison, Setton aprendeu a se soltar, e a brilhar como cantora. “Com o Lito e o Evaldo [músicos do Mancini] eu cantava, na dúvida, sempre em um tom mais baixo. Com o Mário era completamente diferente. Ele dizia para eu me soltar, subir o tom, abrir os braços, cantar e acreditar em mim”, contou a artista que reconhece haver no Baretto um clima muito mais de palco e de show, diferente do que acontece nas casas do grupo Mancini. “No Baretto havia mais dramaticidade e menos ter de fazer uma música de fundo, que é o que rola no Mancini.”
OPORTUNIDADES
Depois de cantar durante cerca de um ano e meio nas casas do grupo Mancini, Setton optou por se apresentar cinco dias por semana no Baretto. “Saí do Mancini porque o esquema já não estava me agradando mais. O Baretto era uma coisa mais objetiva e me representava mais naquele momento, trazendo mais visibilidade.”
Entre 2010 e 2015, Setton cantou no bar do hotel Fasano. As apresentações foram interrompidas quando a artista ficou grávida de Dora, sua primeira filha, e foram retomadas, apenas uma vez por semana, até 2017.
A “pressão” da casa, frequentada por inúmeros músicos, ensinou Setton a se portar de maneira diferente. “Chegava, por exemplo, o Nelson Freire ou o Toquinho, pessoas que admiro, para me ouvir cantar e eu tinha que me colocar com humildade e tranquilidade”, contou a artista.
Segundo Setton, um amigo do cantor Toquinho disse ao compositor que ele deveria conhecê-la. O compositor e violonista foi ao Baretto e a ouviu cantando “Noite do Meu Bem”, de Dolores Duran (1930-1959), “Brasil Pandeiro”, de Assis Valente (1911-1958), e “Berimbau”, de Baden Powel (1937-2000), com letra de Vinícius de Moraes (1913-1980), antes de convidar a moça para fazer um show ao seu lado. “Nem olhava para o lado dele, pois estava morrendo de vergonha. No intervalo, sentei na mesa dele e fui convidada para fazer um show com ele no Tom Brasil para 2 mil pessoas e para gravar uma música em um disco dele”, contou a cantora.
Acostumada a ouvir as mais absurdas e inverossímeis promessas que rolam à noite, Setton desacreditou da oferta que recebera do compositor. “Na noite, você escuta de tudo, que vai fazer show em Dubai, no Japão e que tem um cara da Globo que vai te chamar, coisa e tal. Teve vezes em que eu chegava em casa, de madrugada, achando que minha vida iria mudar, mas era sempre tudo mentira. Por isso, duvidei que o Toquinho iria me chamar para o tal show”, contou a artista.
Era 2011, quando Setton recebeu de manhã, ainda com a voz rouca de ter cantado na noite anterior, um telefonema do próprio Toquinho convidando-a para trabalharem juntos. “Era para participar do show dele de violão e voz, mas antes do show ele queria que eu gravasse uma música dele porque e ele achava que em minha voz ficaria ótima. Ele me mandou a música “Porta do Infinito”, dele e da filha, a Jade. A segunda vez que eu o encontrei já foi no estúdio para gravarmos o último disco dele, ‘Quem Viver, Verá’”, contou a artista que gravou no mesmo disco a então inédita “Romeu e Julieta”, de Toquinho com Vinicius de Moraes, em duo de voz e violão.
Como a sessão de gravação “bateu legal”, ensaiaram duas vezes apenas, na casa do compositor, para fazerem o show do Tom Brasil. “Amei aquilo”, falou a cantora sobre o show que foi um sucesso e partir daí fez com que ela participasse de vários shows com o artista, no Brasil e no exterior, começando por uma turnê pela Itália.
Foram mais de 200 shows ao lado de Toquinho, entre 2011 e 2015. “Todo tipo de show, desde apresentação em shoppings, a embaixadas, navios e festivais de jazz no verão pela Europa e América Latina.”
Da experiência com Toquinho, com quem ainda canta esporadicamente, Setton destaca “lições” como a de fazer repertório, de ser flexível e olhar o público para saber o que entra e o que não entra. “E também de como se comportar profissionalmente, de como dar entrevista, como se relacionar no camarim, além de apreender sobre a logística de viagens. Tudo isso e mais um pouco aprendi com ele. Essa vivência me profissionalizou bastante.”
Entre atacar no Baretto, fazer shows com Toquinho e realizar eventos cantando com o marido, Setton fazia o que lhe era pedido, mas começou a sentir a necessidade de gravar um disco próprio. Em 2016, passou a compor letras e a olhar para a música de uma outra forma. “Saí da noite, porque não fazia mais sentido cantar toda noite até três da manhã. Passei a ter outros interesses depois que minha filha nasceu, acho que me sensibilizei mais com a vida.”
Nos dois últimos anos, Setton compôs cerca de dez músicas. Três estão no repertório do disco que terá dez faixas com arranjos, nas quais impera a sonoridade acústica de um trio de piano, baixo e bateria, com guitarra. “O disco, que já está na fabrica, foi gravado no estúdio Arsis, em São Paulo. Não queria só o som de um trio clássico, característico da noite. Por isso, além de minha voz, tem o Edu, no piano, Vinicius Gomes, na guitarra, Jonatas Sansão, na bateria, Bruno Migoto, no baixo, e Diego Garbin, no trompete e flugelhorn, além do JP no sax”, falou a cantora que apresenta o resultado da gravação dias 17 de outubro e 28 de novembro, no Baretto; e no dia 20, no teatro Brincante, em São Paulo. “Os shows do Baretto serão em homenagem ao Mário Édison, lembrando tudo o que ele me ensinou, toda a história que vivemos, e todas as vezes que saímos felizes daquele palco fazendo som.”
Assista, a seguir, Anna Setton interpretando, com exclusividade para o Música em Letras, “Piano na Mangueira”, de Tom Jobim e Chico Buarque; e, acompanhada por Edu Sangirardi, “Estrada no Mar“, música dele com letra de André Goldfeder.
SHOW LANÇAMENTO DO CD
ARTISTA Anna Setton
ONDE Baretto, r. Vittorio Fasano, 88, Cerqueira Cesar, tel. (11) 3896 4000; teatro Brincante, r. Purpurina, 412, Vila Madalena, São Paulo, tel. (11) 3816-0575
QUANDO No Baretto dia 17 de outubro e 28 de novembro; teatro do Instituto Brincante, dia 20 de outubro.
QUANTO R$ 140, no Baretto; R$ 50, no Instituto Brincante