Cris Miguel tira ópera da mala
Todos os domingos de abril, sempre às 11h, no teatro Garagem, em São Paulo, a atriz, cantora, acordeonista e compositora Cris Miguel tira de sua mala uma orquestra, além de personagens dramáticos e hilários que compõem a ópera “Carmencíta”.
O espetáculo musical, de autoria da artista, já teve apresentações no Brasil e no exterior. É um sucesso por onde passa, agradando e divertindo crianças e adultos. Interativo, promove a participação de todos nessa versão da ópera “Carmem”, de Georges Bizet (1838-1875), em que bonecos também figuram.
O Música em Letras esteve com a atriz e registrou, no parque da Água Branca, seu enorme talento (veja vídeos no final do texto). Em entrevista ao blog, a atriz se mostrou gigante em criatividade, iniciativa, musicalidade, interpretação e simpatia. Cris Miguel impressiona quem a escuta e a assiste por ser artista que faz o público sentir seu imenso talento. Que sabe ser o trabalho constante o caminho para uma bela obra.
Leia, a seguir, trechos dessa entrevista e assista aos vídeos no final do texto em que a atriz interpreta três canções de seu repertório.
CRISTIANE NORMAL
A paulistana Cris Miguel, 45, diz ser uma Cristiane normal, “sem h”, explica a atriz referindo-se ao seu nome de batismo, Cristiane Nogueira Miguel.
Aos sete anos, estudava piano com a professora japonesa Hakiko Kobayashi, no Parque Continental, bairro da zona oeste de São Paulo, onde a família morava. “Adorava o nome dela e falava para todo mundo: minha professora se chama Hakiko Kobayashi”, contou com voz de criança, provavelmente a mesma que tinha quando frequentava as aulas ao lado do irmão e da mãe.
A mãe incentivava a pimpolha dando, todo final de mês, um presente de “desaniversário”. Em uma dessas ocasiões, a matriarca regalou a moça com o livro “Duas Mãozinhas no Teclado”, método musical de Mario Mascarenhas para crianças. Com o livro, a promessa de que fariam aulas e assim chegaram à professora japonesa.
“Eram aulas com mais quatro crianças. Lembro da primeira, com a professora ensinando onde era a nota dó em todos os lugares do piano. Fiquei encantada. Havia audições também, eu adorava”, disse a artista que permaneceu dois anos sob os ensinamentos da senhora Kobayashi, mas tendo acesso apenas a músicas folclóricas; nada de música clássica.
PIANO NOS GENES
O primeiro piano da família foi comprado pelo pai. Um Schneider com som de cravo. Tocava algo fora do que lhe era ensinado? “Não.” Nem o Bife? “Ah, o Bife, sim. Você, agora, reativou minha memória, mas eu nunca fui assim de tirar coisas no piano. Meu filho, sim. Meu filho é um gênio do piano”, disse ela referindo-se a Ângelo, 13, fruto de seu casamento com o ator e músico Sergio Serrano.
Cris Miguel começou a ensinar o filho a tocar quando ele tinha três anos. “Ele aprendeu parte da Quinta do Beethoven, com o dedinho pequenininho e gordinho”, falou a atriz que contou com a participação do menino no programa infantil “Baú de Histórias”, exibido nos canais Cultura e Rá Tim Bum.
Ângelo tocou dos três aos sete anos, além de “dar texto” em espetáculos com os pais. Mas isso é coisa do passado. “Ele parou de tocar, mas ainda tira tudo de ouvido, escondido no quarto. Toca muito, é bem musical, mas não quer saber de aulas. Traumatizei-o com tanto teatro e música que ele nem quer mais saber disso”, contou rindo a atriz que durante a gravidez fez muitos shows e espetáculos. “Lembro que, aos quatro meses de gravidez, minha barriga já estava enorme. Eu estava em cartaz, no Centro Cultural Vergueiro, e ficava muito cansada para dar texto. Eu falava assim: ‘Tem público?’ Respondiam: ‘Tem’. Aí, eu chorava porque tinha público”, contou rindo a atriz.
CURITIBA
A família de Cris Miguel mudou-se de piano e cuia para Curitiba, quando ela tinha nove anos, em função da transferência do trabalho do pai. Ela continuou estudando o instrumento até os 16 anos. “O piano me deu uma base muito boa. Fez com que eu desenvolvesse bastante minha musicalidade”, disse a atriz que estudou música erudita e só sabia tocar com a partitura diante dos olhos.
Das três professoras que teve em Curitiba, uma tem lugar garantido em sua memória. Segundo ela, a mulher, além de morar em uma casa assustadora, parecia uma bruxa e batia em seus dedos, com um lápis, toda vez que errava uma nota no piano. “Tem uma coisa que eu nunca fiz em minha vida, estudar em casa”, falou a atriz que quando a “bruxa” perguntava se havia estudado, respondia na maior cara de pau: “Estudei”.
Depois da “bruxa”, Cris Miguel estudou em um conservatório de Curitiba, até que a professora da instituição passou a dar aulas particulares. Com ela, a atriz estudou piano até a adolescência, quando deixou de ter aulas, mas continuou tocando em festinhas e para os amigos.
Antes disso, Cris Miguel, com 14 anos, dava aulas de piano para três vizinhas. Com o pagamento, comprou uma boneca e um violino. “Cobrava pouco, mas dei aulas durante uma ano. Deu para comprar uma boneca boa, de porcelana, e depois o violino”, contou. A razão da compra do violino veio da paixão que a atriz começou a desenvolver assistindo a orquestras em Curitiba. “Minha mãe sempre levava eu e meu irmão a teatros, em São Paulo. Em Curitiba, passamos a frequentar salas de concerto. Escolhi o violino por achar que era o instrumento mais acessível.”
AMOR MOVE MUDANÇA
O estudo de violino foi um fracasso. Autodidata, Cris Miguel se meteu a aprender por meio de alguns métodos que não surtiram bom efeito. “Violino tem um som bonito para quem sabe tocar bem. Quem toca mal, gera arrepios. Tive que parar porque o meu som me dava arrepios, ihrkcch”, falou rindo e imitando o som agudo e guinchado do instrumento quando mal tocado. Encostado, o violino permaneceu com a atriz que, ao se mudar “no susto” para São Paulo, carregou-o junto a uma única mala.
Cris Miguel entrou na faculdade de serviço social na PUC do Paraná antes de cursar licenciatura em música na FAP (Faculdade de Arte do Paraná). O curso da PUC virou fumaça. O da FAP ganhou romance. Desde o primeiro ano, a atriz namorava um rapaz que com ela participava do coral e do grupo de teatro da instituição. Estava no último ano, quando o moço resolveu “parar no som com ela”. Ela se desesperou. Não sabia o que fazer, nem o que seria de sua vida.
No mesmo dia, uma quarta-feira, recebeu o telefonema do irmão, Marcelo, que morava em São Paulo e trabalhava com o grupo de teatro Tantos e Tortos, do diretor Sérgio Pena. Na conversa, ficou sabendo que estavam precisando de uma atriz que cantasse, andasse de patins e tocasse. Uma reunião estava marcada para sábado. A atriz disse para o irmão, “Ok, sábado estou aí”. Foi para São Paulo e voltou para Curitiba, a passeio, dez anos depois.
VOLTA A SÃO PAULO
Quando retornou para São Paulo, em 1992, Cris Miguel tinha 21 anos e sentia falta do piano. A solução? Comprou um acordeom e alguns LPs, cujas músicas tirava de ouvido. A atriz nunca teve aulas do instrumento e até hoje o toca em seus espetáculos. Danilo Tomik, músico e seu atual marido, comprou um acordeom e começou a ter aulas. “Às vezes, ele vem me mostrar que quando abre o fole tem que fazer tal coisa, e quando fecha também. Eu nem quero saber”, contou a atriz que tem medo de perder seu jeito natural de tocar.
Permaneceu um ano com o grupo de teatro Tantos e Tortos,
assumindo a proposta de fazer circo. Andava na perna de pau, fazia trapézio, cantava, atuava e tocava durante um espetáculo infantil e num show para adultos, que acontecia nas noites de quintas-feiras no extinto bar Boca da Noite, no Bexiga. No espetáculo “Na Piscina de Teus Olhos”, a trupe de oito pessoas entremeava textos de Paulo Leminski (1944- 1989) e Clarice Lispector (1920-1977) com MPB. “Lembro que uma amiga comentou ter achado meio riponga”, contou rindo a atriz.
Perguntada se fazia grana com essas apresentações e se mantinha com isso, Cris Miguel respondeu que passava fome. “Ligava para minhas tias, que são muitas, e dizia que estava com saudades e queria visitá-las. Elas perguntavam, ‘que horas você vem, filha’, e eu dizia meio dia”, contou rindo.
Os pais não ajudavam financeiramente a atriz, embora a apoiassem em sua escolha. A mãe, quando Cris Miguel desistiu de estudar na PUC, deu uma negativa para a filha diante de sua proposta de fazer concurso público: “Não senhora, você tem que ser artista. Vai para São Paulo”.
MENINA VELHA PARA O PALCO
Quando Cris Miguel estava com nove anos, a mãe a levou para fazer um teste com Bibi Ferreira que estava montando “Gota d´Água”, no teatro Guaíra, em Curitiba. “Lembro que a Bibi me agarrava e não soltava, dizendo: ‘Eu quero essa menina!’, mas o diretor falava que eu tinha passado da idade”, contou a atriz que disse ter ficado bem triste por não ter sido elencada, pois era louca por teatro desde pequena. Aos domingos, dia de visitar a avó, os primos de Cris Miguel não tinham como escapar de “brincar de fazer teatro”.
Logo depois que chegou em Curitiba, ainda com 10 anos, Cris Miguel pendurou uma placa na porta de casa com os dizeres Teste para Atores. Assim, arrebanhou um elenco de vizinhas para que integrassem “Os Saltimbancos”, peça em que interpretava, dirigia e para a qual ainda havia desenhado e construído o cenário, com a ajuda do pai.
Articulada, desembaraçada e surpreendente, a meninota foi até a diretora de sua escola e ofereceu a peça para ser apresentada no final do ano. Conseguiu. Tomou coragem e visitou mais duas escolas onde estudavam as outras atrizes, ou melhor, suas vizinhas. Emplacou mais duas apresentações em escolas diferentes.
MÚSICA E TEATRO
A atriz disse não diferenciar o teatro da música por ser uma coisa só para ela. Em 1997, Cris Miguel já cantava algumas árias de ópera. Manifestou para Sergio Serrano, seu marido na ocasião, o desejo de realizar uma ópera. Surgiu assim o nome da companhia de ambos, Ópera na Mala. Montaram o primeiro espetáculo, “Os Fantasmas da Ópera”, que contava a história de dois cantores italianos que vêm para o Brasil, mas o navio afunda. Cem anos depois do naufrágio, mergulhadores encontram nos destroços da nave um baú com os fantasmas que contam um pouquinho de cada ópera importante, passando por “Carmem”, “Fígaro”, “Barbeiro de Sevilha” e “Flauta Mágica”.
Esse foi o embrião de “Carmencíta”, que tem entre os personagens Cristianita de Aragon, guia turística com forte sotaque espanhol, que canta e baila flamenco. Carmencíta, o touro Pablito, Don Josécito, Toureadorcito e Micaelita são outros personagens, inspirados na ópera original, que integram o espetáculo de 50 minutos de duração.
CARREIRA
Dentre os espetáculos em que atuou em mais de duas décadas de palco, Cris Miguel destaca “Trapo e Cabaré do Valentin”, com direção de Ariel Coelho; “De Banda pra Lua”, dirigido por Sebastião Apolônio; e “O Guarani”, com direção de Carlos Alberto Soffredini (1939-2001).
Também fez parte do CPT (Centro de Pesquisa Teatral), dirigido por Antunes Filho. Segundo Cris Miguel, foi com o diretor que aprendeu a ser natural, espontânea e deixar isso muito claro em seu trabalho. Contudo, o aprendizado teve um preço. “Ele me passou essa naturalidade ao interpretar, mas é muito estressante trabalhar com ele. Trabalhei na montagem de ‘Engraçadinha’, era eu e mais uma atriz juntas em uma competição e sob uma pressão absurdas. Não aguentei e saí. Ele [Antunes] não gostou e me ligava para eu voltar. Voltei para fazer ‘As Troianas’, mas tive um colapso nervoso no meio de um ensaio. Fui parar no hospital e nunca mais voltei”, contou a atriz para quem o método “duro” do diretor não combina com seu jeito de trabalhar, embora reconheça ser de grande valia para algumas pessoas. “Acho que arte é prazer, alegria, beleza e leveza.”
Além dos trabalhos autorais na Companhia Ópera na Mala, a atriz multitalentosa integra o grupo Mawaca desde 1997, no qual canta e dança músicas de inúmeros lugares do planeta. “Esse trabalho casa muito com meu gosto musical de cantar, tocar e dançar músicas do mundo. Por isso eu gosto muito dele.”
A atriz tem a cantora Cida Moreira como fonte de inspiração e com ela fez algumas aulas. “Eu não tinha dinheiro para pagar as aulas, mas fazia bombom recheado de chocolate com morango e dava para ela. Era um escambo”, contou a atriz que aprendeu a brincar com o cantar na experiência adquirida com Moreira.
SONS PELO MUNDO
Cris Miguel também administra uma carreira no exterior. Ela já levou seus espetáculos para a Suíça, Áustria e Itália. Continua com o pé na estrada, inclusive realizando apresentações em países pouco frequentados por artistas brasileiros.
Em julho de 2015 e janeiro último, a atriz esteve em Portugal com dois espetáculos, “Tanto Mar”, com músicas de Dorival Caymmi (1914-2008), e “Carmencíta”, ambos de sua autoria. “Tanto Mar”, que conta a história de três pescadores, também passou pela Bulgária e foi interpretado pela atriz em búlgaro. “Mal falo português. Falo mal inglês e espanhol também, mas só no Mawaca canto em 23 idiomas”, contou rindo.
Em 2008, Cris Miguel levou para a Bósnia-Herzegóvina o espetáculo “Raimundo e a Menor Banda do Mundo”, com apresentações no idioma local. “Uma amiga sérvia que mora em São Paulo traduziu o espetáculo. As cenas de bonecos gravamos as falas nós mesmos. Para as cenas em público, decoramos o texto. No final do espetáculo, vinham falar com a gente e se surpreendiam quando percebiam que não entendíamos nada”, contou a atriz que também realizou na Croácia, em 2012, o espetáculo “Baú de Histórias”, na língua local, abocanhando o prêmio de melhor espetáculo qualificado pelo júri infantil. “Acho que entenderam bem, né?”
Na Turquia, Cris Miguel realizou 18 espetáculos, interpretados em turco, causando o mesmo espanto no público ao término de cada sessão. Para as pessoas surpresas que perguntavam como a artista conseguia decorar os textos em outro idioma, Cris Miguel explicava: “Faço uma música do texto, porque decorar uma música em outra língua é fácil”.
Em setembro, a atriz embarca para Podgoritza, capital de Montenegro, para participar de um festival de bonecos, apresentando o espetáculo “Tanto Mar”. “Já estou estudando o texto em servo-croata. Meu marido é filho de sérvio e neto de russo. Por isso, ele fala sérvio. Então, vai ser mais fácil passar a maior parte dos textos do espetáculo para ele”, disse a cantora que também interpreta 15 músicas manipulando bonecos.
MÚSICA E CRIANÇAS
Boa parte do trabalho autoral de Cris Miguel está ligado à representação das diferentes formas de expressão musical existentes no planeta. O espetáculo “Caminhos do Mundo”, por exemplo, conta a história de um pintinho russo que viaja pelo mundo e suas músicas. Nele, sons da Palestina, Índia, África e Japão certificam o trabalho de pesquisa bem elaborado, realizado pela autora.
Como se dá esse trabalho de pesquisa? “Eu tiro a música, pesquiso a letra e São Paulo é um caldeirão étnico onde sempre há um amigo russo ou tailandês para dar uma assessoria na pronúncia”, disse Cris Miguel.
Na opinião da atriz, que tem nas crianças uma audiência cativa em seus espetáculos, o público infantil é subestimado por quem faz músicas para ele. “Não precisamos deixar as músicas ‘retardadas’ para as crianças. A mesma coisa se aplica ao contarmos uma história para elas. Devemos tratá-las como seres com capacidade de compreensão”, disse a cantora. “Carmencíta”, a ópera de Cris Miguel, faz com que a criança brinque de ver ópera e não apenas assista a uma ópera. “É para se divertir.Tem gente que fala que eu sou encantadora de crianças, mas são elas que me encantam.”
PROJETOS TEATRAIS E BONECAS
Cris Miguel produz bastante. Em dois anos, estreou oito espetáculos. No segundo semestre deste ano, pretende estrear mais dois. Um deles com músicas de Luiz Gonzaga (1912-1989), que contempla canções do rei do baião por meio da história de Xexéu do Xaxado, filho de cangaceiro que dança muito bem o ritmo que leva em seu nome, mas desconhece outros ritmos brasileiros. Em busca deles, pega sua mula- que também dança xaxado- e parte para o Rio de Janeiro onde encontra a cantora de forró Severina Xiquexique. Com ela, conhece vários ritmos nordestinos em meio a histórias de cangaço e do sertão.
Cris Miguel estuda “shamisen”, instrumento de cordas japonês, semanalmente com a professora Tamie Kithra. Outro projeto da atriz está ligado à cultura do Japão por meio da personagem Kimiko, imigrante japonesa que chega ao Brasil no navio Kasato Maru, em 1908, transportando o primeiro grupo de imigrantes japoneses. “Escrevi um programa para TV chamado ‘Kimico na Cozinha’, no qual ela se atrapalha passando ingredientes de receitas e se perdendo ao contar histórias. Por exemplo, ela vai ensinar como fazer um pato turco, mas se perde em histórias. Quando percebe, diz ‘Ih não dá tempo de fazer receita, come maça que é mais saudável, né?’”, contou imitando a personagem. O projeto, que não vingou na TV, vai para o teatro.
Um hobbie da atriz é confeccionar bonecas de pano recheadas com ervas como alecrim ou lavanda. No ano passado, a Cris artesã atendeu 187 encomendas. “Quem quiser, é só mandar uma mensagem para cristianemiguelteatrodebonecos@gmail.com ou para o Facebook na página Bonecas feitas por Cris Miguel.”
VÍDEOS
Assista Cris Miguel cantando “Seguidilha”, de Georges Bizet, da ópera “Carmem”, que faz parte do espetáculo “Carmencíta”.
Cris Miguel canta “La Llorona”, canção imortalizada nas vozes da cantora mexicana Chavela Vargas (1919- 2012) e por sua compatriota, Lila Downs. A música estará em um novo projeto de Cris Miguel, inspirado em cantoras latino-americanas, que serão interpretadas por ela utilizando marionetes. Aqui galos dão uma canja no som da atriz.
No mínimo curiosa é essa interpretação de “Paraíba”, música de Humberto Teixeira (1915-1979) e Luiz Gonzaga, cantada em japonês por Cris Miguel. A inspiração veio de uma gravação da cantora japonesa Keiko Ikuta, realizada em 1951.
CARMENCÍTA
ARTISTA Cris Miguel
QUANDO Todos os domingos de abril, dias 3, 10, 17 e 24, às 11h
ONDE Teatro Garagem, r. Silveira Rodrigues, 331, Vila Romana, Lapa, tel. 975675250 e 991228696
QUANTO R$ 30